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11 agosto 2010
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Recebi a tua carta, e mais uma vez não pude deixar de ter receio de abrir. Receio das palavras que se pudessem esconder dentro do envelope, receio de saber aquilo que há muito teria para saber, receio de voltar a chorar em cada palavra escrita, receio de  voltar a desiludir-me. Todos esses receios invadiam o meu corpo, a minha mente e em parte o meu coração, que após tanto tempo a amar-te ainda não tinha sido capaz de te esquecer. Enchi-me de coragem e abri o envelope, de seguida retirei o papel de linhas. Respeirei fundo novamente e comecei a ler. Li tudo aquilo que menos esperava de ti. Li saudade, li arrependimento, li verdade, li sinceridade, li relembranças, li momentos, li amor. Li tudo aquilo que eu não tinha a oportunidade de ler há muito tempo. Li coisas, palavras... li sentimentos. E entre todos os sentimentos que li, cada um fazia-se sentir cada um com mais intensidade do que o outro, na minha pele. E mais uma vez, as lágrimas não me podiam deixar de escorrer pelas maçãs do rosto. E pela primeira vez em muito tempo, consegui esboçar um sorriso de felicidade. O mais sincero que me tinha ocupado o rosto nos últimos anos em que tu te tinhas ido embora. Eu não te vou perdoar. Não te vou perdoar a vez em que me abandonaste, apenas deixando-me cartas por ler a um canto da sala. Não te vou perdoar por me teres feito passar os piores momentos da minha vida. Mas não me vou esquecer, do dia em que te arrependeste de ter feito tudo isso.