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12 março 2010
inverno

O inverno tinha acabado de chegar, e tu tinhas acabado de partir.Deixaste-me á deriva nos braços do mundo, um mundo que eu não conhecia,um mundo que eu não sabia que existia, porque tu não estavas lá. Tinhas deixado um papel em cima da cama, no dia em que me abandonaste por entre os lençóis. "Fui á procura da minha dignidade, espero que encontres a tua felicidade."
Saltei da cama, vesti um casaco e umas calças e fui correr á tua procura. Procurei-te por entre as areias da praia, procurei-te por entre as flores do campo, procurei-te por entre os espaços livres da multidão, procurei-te em todo lado mas nem um sinal. Enquanto me escorriam as lágrimas pelo rosto, perguntava-me o que tinha acontecido desta vez para me teres deixado perdida. Eu não conhecia ninguém, era tudo nulo. Era um mundo a preto e branco agora, porque tu não estavas lá para me acordar com um doce beijo teu.
Não estavas lá para me adormecer com as tuas palavras verdadeiras e não estavas lá para brincares com os meus cabelos enquanto eu permanecia com a minha cabeça no teu colo.
Foi então que eu desisti, não valia a pena, tu tinhas fugido de mim, da minha vida, do que nós tinhamos os dois. Tinhas fugido do nosso mundo e agora não me restava nada. Os meus olhos ficavam cada mais inchados á medida que as lágrimas me caiam, a minha cara estava cheia de manchas vermelhas, e o meu coração? Esse estava cortado em pedaços.
Caminhava, caminhava sem destino porque afinal de contas eu estava habituada que tu fosses o meu mapa, o meu guia, eu ia para onde tu ias e tu ias para onde eu gostava de ir. Caminhei e deparei-me por entre uma imensidão de areia á minha volta, e ao longo dela conseguia ver uma grande porção de água que acompanhava toda a praia.
Quase por instinto, despi toda a roupa que tinha e fiquei apenas de roupa interior, corri para o mar e começei a flutuar no oceano. Senti-me por uns instantes feliz, ali no meio da água, não havia pessoas nem paredes, não havia escuro nem sentimento de solidão, não havia angústia nem desgosto, nem havia barulho de multidão. Tudo o que sentia ali era paz, sossego e calma. Consegui encontrar-me a mim mesma e perceber o que devia sentir e o que devia fazer a seguir. Mas senti ainda mais vontade de ficar ali durante todo o tempo. A companhia do mar fez-me reflectir sobre actos teus, actos meus, actos nossos e a atitude que deveria tomar.

sandra m