20 dezembro 2009
não me agradeças
Não pude deixar de cair na tentação de te escrever algo quando enchi os meus olhos de lágrimas ao ler cada palavra que me dedicas-te. Tu não te limitaste a dizer que eu era querida, e uma boa amiga, tu exploraste as palavras como se fossem o próprio sentimento fazendo-me senti-las enquanto as lia uma a uma. Conseguiste com que me sentisse importante ao ler aquilo tudo, a sério que sim. Desculpa-me mas vou ter mesmo que dizer aqui e agora o quanto és importante. Há uns anos trás em 2006 , nunca olhei para ti como uma "amiga" , mas sim como apenas mais uma colega, uma colega que dali em diante não passaria disso. Mas ao que parece o destino fez questão em nos juntar, e em 2007/2008 voltámos a estar juntas, na mesma turma, na mesma escola, no mesmo lugar. E algo por magia me fez confiar plenamente em ti, talvez por seres a única que conhecia, talvez por não ter mais ninguém, mas não me imaginava ali sem ti. Confiei em ti, confiei na tua amizade e deixei-me levar. A partir daí surgiram os momentos, as festas, as dormidas a casa uma da outra, as saídas, os trabalhos de grupo, os risos, as zangas, os afectos, a necessidade de estar perto uma da outra. Comecei a perceber que o que sentia por ti já não era apenas um "olá e adeus" mas um "adoro-te amiga" e sem mais porquês nem explicações continuámos assim. Muito se passou e com muito tu me marcaste desde então, acredita que aceitar que te fosses embora daquela escola e que teria que me desenrascar sem ti, não foi uma tarefa propriamente fácil, mas eu tentei. E acredita que muitas vezes pensei em ir abaixo e desistir porque tu não estavas lá para me fazer sorrir ou erguer, mas lá arranjei uns "apoios" nos quais me refugiei e me levantei aos poucos e poucos. Sei que a partir daí criamos novas amizades as duas, conhecemos novas pessoas e novas personalidades, mas mesmo assim ainda tinha lá a tua marca, e por mais gente que viesse tu estiveste sempre lá primeiro e no topo de toda a essa gente. Porque tu e eu, juntas criamos uma amizade feita à base de afecto, de cumplicidade, de confiança, de momentos e de uma simplicidade rara. Tu sempre me aceitaste pelo que sou e nunca me criticaste por nenhum defeito e sempre aturaste as minhas birras. Imaginas o quanto é difícil encontrar alguém com essa capacidade? Não não imaginas, porque até agora ainda não encontrei. Só és tu e apenas tu. Perdoa-me quando errei contigo, perdoa-me quando discutimos sem noção, mas sabes uma coisa? Ainda bem que assim foi, pois tu e eu, NÓS já aguentamos aquilo que muitos não aguentaram nem aguentariam, e isso é realmente importante. Não acredito muito no "sempre" mas sei que te levarei sempre comigo, porque até podes já nem me falar nem querer saber de mim, mas algo de ti vai permanecer sempre cá dentro, e isso sim, é garantido que é para sempre. Não estou muito bem a imaginar um futuro sem ti, sem dizer o teu nome não sei quantas vezes, sem gritar por ti, sem chorar por ti, sem rir por ti, sem rir contigo, sem chorar contigo, sem pular contigo, sem conviver contigo, sem te ter presente. Porque habituei-me a que estivesse sempre presente fosse nos momentos bons, fosse nos momentos maus. Já tenho suportado muita coisa sem ti do meu lado para me agarrares antes que eu caia, mas infelizmente tenho tombado sempre no chão. Há sempre uma mão que me levanta, mas eu queria era a tua, a tua mão e de mais ninguém. Farei de tudo para que estejamos o mais rapido possivel juntas, farei de tudo para que no 10º iremos para a mesma escola, farei de tudo para estar mais perto, mas até lá nunca te esqueças de uma coisa "a distancia pode separar dois corpos, mas nunca dois corações" e eu estarei sempre contigo como tu estarás sempre comigo, prometo. obrigada por seres a irmã que eu nunca tive.
com muito carinho,
sandra m.com muito carinho,
