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29 novembro 2009
ponto de encontro


Era o nosso lugarzinho. Ninguém mais sabia da existência daquele lugar, só eu e tu, só nós. Eu saía das aulas e ia ao wc mudar a roupa, soltava o cabelo como tu gostavas e deixava os meus caracois esvoaçarem com o vento. Pegava sempre numa flor do campo da escola e metia-a no cabelo, dizias que eu parecia uma princesa vinda de um mundo completamente distante. Eu gostava do que tu dizias, gostava do que ouvia e sorria, sorria ingenuamente. Normalmente eras tu que ficavas sempre á minha espera, sentado no banco ao pé da lagoa, a atirar pedrinhas á água. Eu ia por trás e tapava-te os olhos com as mãos, tu sabias sempre que era eu. Divertiamo-nos com tão pouco! Eramos tão felizes, se eu pudesse definir aquele lugar numa só palavra , era simplesmente “paraíso”, embora sempre tenha achado que qualquer lugar a teu lado se tornasse no “paraíso”, simplesmente porque estavas lá, estavas lá tu e o teu sorriso e o teu jeito incomparável. Eu podia estar de olhos fechados, eu reconhecia os teus passados, a tua respiração, os teus suspiros. Eu conhecia o teu aroma, sabia identificar-te pelo toque. Eu sabia-te de cor, e estava completamente decidida a entregar-me a ti e ao teu amor...se era que já não me tinha entregado. Sentia-me rendida, já estava tão habituada a viver só com a tua presença, que nem me interessava o mundo á minha volta. O problema foi mesmo esse, eu rendi-me de tal maneira, que quando partiste não soube lidar com isso. E sofri.Num dia normal como os outros, tinha saído da escola para ir ter ao nosso lugar, ao nosso banquinho do jardim á beira da lagoa. Fui toda contente, levava-te uma carta que tinha escrito durante a aula de matemática que estava absolutamente aborrecida sobre ti e sobre o que tinhamos construído juntos. Mas mal cheguei não te vi, não estavas lá, não estavas lá tu, nem o teu perfume, nem o teu rasto, nem a tua alma. Estava vazio, era só um banco e uma lagoa...mas não me alarmei! Sempre preferi pensar que estivesses atrasado, e que pudesses vir por trás e surpreender-me. Mas passou-se meia hora, uma, duas, três... e nenhum sinal de ti. Desta vez sentia-me fria, e sentia-me ligeiramente arrepiada, vesti o casaco mas de nada adiantou. Passaram-se cinco horas e tu não chegas-te, fui-me embora. Mas não tinha desistido, telefonei-te várias vezes, mas nenhuma delas atendeste. Fui até tua casa mas ninguém me abriu a porta. No dia seguinte voltei ao nosso lugar, e continuavas ausente. Continuei durante semanas a voltar ao “nosso lugar” mas tu nunca mais apareceste, e eu chorava. As minhas flores do cabelo murchavam-se e os meus olhos ficavam vermelhos de tantas lágrimas que deitavam. O meu rosto tinha a marca das lágrimas, e até mesmo do sofrimento. Se algum dia tiveste planeado deixar-me, então nunca tiveste a noção do quanto eu te amo, do quanto eu te venero, do quanto eras a minha vida. Nunca mais voltaste e eu continuei a desconhecer a razão pela qual partiste.

afinal sempre voltas?

sandra m