13 novembro 2009
a carta que eu te escrevi

a certa altura cansei-me de olhar para a tv. deslizei até ao meu quarto , peguei numa caneta e numa folha de papel, e comecei a escrever. não tinha a mínima ideia do que ia escrever, por isso deixei-me levar pelas palavras que a caneta ia contornando.
"Escrevo-te talvez pela razão mais absurda do mundo, escrevo porque te amo.
Mas o que importa? Ficar a olhar para a tv, a assistir a um filme romântico e contigo na minha cabeça, é horrível. Eu sei que partiste, mas continuas tão presente.
As memórias, os objectos, deixas-te tudo aqui e fugiste. E podes não acreditar, mas ainda não tive a coragem de pegar em todas as coisas que me deixas-te e deitá-las fora. Eu acho que fico feliz a limpar o pó de cada uma delas, a passar as tuas roupas a ferro. Faz-me bem.
Já prometi que te esquecia, mas deves ter feito de prepósito para que isso não aconteça, porque eu simplesmente não consigo!
Só penso onde estás, com quem estás, como estás, o que fazes, se estás bem.
Continuo a fazer retratos nossos, continuo a falar sobre ti. Não me sais da cabeça, não me sais do coração. Se pudesse ouvir-te dizer que ainda não me esqueceste, era a melhor felicidade que me poderiam dar. Contigo a meu lado era tudo realmente mágico, mas preferiste fugir.
Espero que sejas feliz, onde quer que estejas... eu prometo que também vou ser.
Com carinho,
Sandra."
"Escrevo-te talvez pela razão mais absurda do mundo, escrevo porque te amo.
Mas o que importa? Ficar a olhar para a tv, a assistir a um filme romântico e contigo na minha cabeça, é horrível. Eu sei que partiste, mas continuas tão presente.
As memórias, os objectos, deixas-te tudo aqui e fugiste. E podes não acreditar, mas ainda não tive a coragem de pegar em todas as coisas que me deixas-te e deitá-las fora. Eu acho que fico feliz a limpar o pó de cada uma delas, a passar as tuas roupas a ferro. Faz-me bem.
Já prometi que te esquecia, mas deves ter feito de prepósito para que isso não aconteça, porque eu simplesmente não consigo!
Só penso onde estás, com quem estás, como estás, o que fazes, se estás bem.
Continuo a fazer retratos nossos, continuo a falar sobre ti. Não me sais da cabeça, não me sais do coração. Se pudesse ouvir-te dizer que ainda não me esqueceste, era a melhor felicidade que me poderiam dar. Contigo a meu lado era tudo realmente mágico, mas preferiste fugir.
Espero que sejas feliz, onde quer que estejas... eu prometo que também vou ser.
Com carinho,
Sandra."
guardei a folha de papel numa caixa, onde ficou lá sempre. e tu nunca recebeste a carta.
